quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

O que fazer se seu bichinho de estimação sofrer uma fratura.

Qual cãozinho ou gatinho não gosta de uma nova aventura? Escalar uma cortina, pular para o telhado do vizinho, saltar da escada ou até um pulo repentino do sofá podem resultar em fraturas. Pode parecer difícil, mas no caso do pinscher, um simples pulo ou queda do sofá pode ser suficiente para que uma fratura em um dos membros locomotores aconteça.
Caso você note que ele tenha alguma fratura que por ventura provoque uma hemorragia, pegue um pano limpo e tente pressionar o local da hemorragia, estancando o sangue até chegar à clinica veterinária mais próxima. Muitas vezes, ao chegar ao veterinário, ele encaminhará o cão para a cirurgia com urgência nos casos de hemorragias severas ou imobilizar a fratura até o dia da cirurgia que vai ser programada com sua equipe, após um exame radiográfico, o famoso RX. Isso acontece por que dependendo do local e tipo de fratura, pode acontecer uma hemorragia interna quando há comprometimento de vasos sanguíneos importantes, rompidos pelo osso fraturado.
Os motivos são os mais diversos: quedas, acidentes e atropelamentos são os recorrentes. Os sinais mais óbvios de uma fratura em um cão ou gato são observados  quando o animal não apoia um dos membros no chão ao andar ou ainda ganidos de dor quando se tenta tocar a área afetada.
Casos de fraturas não imediatamente atendidos causam dores intensas e podem  virar problemas ainda mais graves, como ruptura de fibras musculares e osteomielite que é a infecção bacteriana do osso quando há fratura exposta, o osso fica visível no momento ou logo após o trauma. Quando atendidos em até 48 horas após o acidente, as chances de sucesso serão bem maiores na recuperação.
Se não tratadas a tempo, as fraturas podem cicatrizar de forma errada, causando deformidades, dor constante ou até mesmo a perda do membro afetado. Além disso, pode levar a cirurgias restauradoras muito complicadas (e caras), com maiores riscos para a vida e com menores chances de recuperação plena da função do membro.

O que você pode (e deve) fazer

  • Deixe o animal quieto: coloque-o em algum lugar onde ele não possa movimentar-se muito, evitando, dessa forma, que a fratura se torne ainda mais grave.
  • Observe se existe algum sangramento.  Nas fraturas expostas, ocorre perfuração de tecidos: músculos e pele, que causam sangramento e muita dor. Você pode conter uma parte do sangramento utilizando um curativo estéril ou um pano limpo.
  • Se possível, faça a imobilização do animal, utilizando uma tábua, que pode fazer o papel de maca para deslocamento até o serviço veterinário. Se tiver dúvidas, peça as orientações corretas sobre como imobilizar o animal até o atendimento.
  • Gatos podem ser cobertos com uma toalha grossa ou cobertor: essa medida é para sua proteção contra possíveis arranhões e mordidas. Animais com dor podem ficar bem agressivos, arranhar ou morder. Um cobertor também ajuda na contenção, imobilização e ajuda acalmar o animal até o atendimento.
  • Procure por socorro veterinário imediatamente!

O que você nunca deve fazer:

  • Se você não conhece anatomia, não coloque talas ou aplique torniquetes! Quando colocados de forma inadequada, podem tornar o problema ainda mais complicado ou até mesmo levar à perda do membro.
  • Não dê medicamentos de uso humano na tentativa de amenizar a dor: você pode piorar o quadro e provocar doenças hepáticas, renais, intoxicações e até a morte.
  • Não tente colocar uma fratura exposta no lugar por conta própria!
  • Não aplique unguentos, pomadas ou produtos caseiros em fraturas expostas. Você pode contaminar e causar graves infecções por contaminação.
Seja qual for o tipo de fratura que o bichinho de estimação tiver, nunca tente colocar o osso no lugar. Leve-o imediatamente ao médico veterinário. Lembre-se de que ele está com muita dor e por isso, pode tentar morder ou arranhar.

Fique atento na recuperação do seu bichinho

O tratamento dependerá do tipo, da extensão e gravidade da fratura. Podem ser necessárias desde  uma imobilização simples ou até mesmo um procedimento cirúrgico em alguns casos, para colocação de pinos, placas ou parafusos ortopédicos que auxiliarão no processo de consolidação da fratura.
O período de imobilização varia de acordo com o local da fratura, o tipo, a idade do animal, as condições nutricionais entre outros. Para que tudo dê certo é muito importante que toda a orientação passada na clínica seja seguida a risca. Qualquer alteração ou novo sinal clínico que o animal apresente, o proprietário deve levá-lo novamente ao médico veterinário para que seja examinado.
Fratura é algo muito sério e grave. Dependendo do caso e de como ela ocorreu, o animal pode morrer. Isso é mais comum em casos de atropelamentos nos quais além da fratura há hemorragia interna.
Tenha sempre por perto informações que são cruciais para agilizar o atendimento e o contato de um serviço de emergência veterinária.
Por: Dr. Vinicius Ribeiro da Silva – Medico Veterinário CRMV ES 1336 – Clinica e Cirurgia de Pequenos Animais – ProprietárioClinica Continental Pet

Fonte: www.http://vidapetnews.com.br/

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